A SENSAÇÃO DO ELETROBREGA

terça-feira, 11 de outubro de 2011


Tido com uma das maiores revelações musicais de 2011 no Brasil, Banda Uó é um projeto genuíno, de bom gosto e a cara do nosso país. Trata-se de três goianienses cheios de charme e estilo que popularizaram a música brega característica do Pará. Além da influência paraense de teclados irreverentes, a banda fez versões de grandes hits da música pop internacional como irei apresentar adiante.

As três peças em questão atendem por: Mateus Carrilho, David Sabagg e Mel Gonçalves. Começaram despretensiosamente até que o single Shake de Amor contagiou a todos com seu videoclipe super bem produzido, que aliás está concorrendo ao VMB. Após o sucesso da música(que já vinha como sucessora de Não Quero Saber, primeira composição do grupo) veio a produção do EP Me Emoldurei de Presente Pra Te Ter com 5 faixas fervorosas e com todo o ar tropical do eletrobrega, gênero antes pouco difundido nacionalmente.

O EP traz cinco faixas, sendo que quatro delas são versões de outras músicas de sucesso. A primeira delas se chama Não Quero Saber, uma versão de Teenage Dream da Katy Perry. Nela há uma introdução ao trabalho da banda, com um locutor que diz: "A sensação do eletrobrega" e frases como "É o eletrobrega a sensação!" cantada calorosamente por Mel Gonçalves, a musa completamente Uó que dá luz ao grupo.

O papel de Mel é sempre o da mocinha da história. As vezes essa mocinha vem no papel de uma prostituta, uma mulher difícil de conquistar ou até mesmo como uma cachorra que trai o marido. Mas é no papel de uma traída e vingativa que ela se deu melhor. Isso acontece na já comentada Shake de Amor, que melhor explica o trabalho da Banda Uó. Somos obrigados a torcer pela protagonista que insiste no grito: "Vou me vingar de você". A letra é concisa e trata de problemas de relacionamento, facilmente encontrados em bailes bregas, onde as pessoas fogem de seus casos conturbados afim de novos casos ou só se divertir. E é nessa diversão que a Banda Uó capricha e faz história.
Confira o vídeo e vote na Banda Uó para o VMB: http://vmb.mtv.uol.com.br/vote/webclipe



O Gosto Amargo Do Perfume é a terceira faixa e é nela que se concentra toda a magia, todos os sintetizadores que nos transportam diretamente para a pista de dança mais próxima. Se não há pista, improvise. Só não fique parado diante deste som. Falando um pouco mais da música, ela é uma versão energética da já espirituosa Something Good Can Work da banda Two Door Cinema Club. Vale a pena conferir tanto a original quanto esta versão, que já até ganhou clipe com a belíssima atuação de Mel Gonçalves como a moça safada da história.

Foi Você Quem Trouxe é uma versão gostosa daquela velha canção I Wanna Know What Love Is que já teve como intérprete Mariah Carrey. Porém esta música vem na forma de um cover da versão da dupla sertaneja Edson & Hudson em cima da original. Começa tensa, assim como deve ser interpretada, porém esta tensão não dura muito tempo nos arranjos da Banda Uó, que não demora em transformar a atmosfera desta faixa numa vibe completamente divertida.

A última música se chama Louca Paixão, versão da gigante S&M da cantora Rihanna. Versos como: "Já não sou sua mulher" "Não faço o que você quer" "Paga a prestação do fogão, você volta pra mim", cravam a ideia da mulher que comanda a relação, que faz os homens ajoelharem no milho, que não se deixa levar por uma sedução barata. E é esta mesma mulher que termina cantando "Na na na cama que é bom" finalizando a ideia de que ela só quer se divertir e que é ela quem decide quem é digno de estar ao seu lado. A tal louca paixão está somente no coração de um ex-marido que não consegue esquecer esta mulher. Situações como essa são contornadas por batidas fortes e contam com uma ótima produção musical. Como produtor o grupo conta com a presença fundamental de Rodrigo Gorky, que já tanto brilhou no Bonde do Rolê.

Esta semana fui pegue de surpresa com o videoclipe da faixa bônus Rosa. Ela encerra a coleção de versões da Banda Uó e desta vez é Last Nite do The Strokes que participa da brincadeira. Obviamente a música ficou o máximo e eu não poderia estar mais orgulhoso deles. O Brasil é um país de ritmos quentes. O grande problema está no preconceito que surge em torno destes ritmos. É preciso romper estas barreiras desnecessários e unir nossa música. E são estes artistas inovadores como Banda Uó, Bonde do Rolê, João Brasil, Marcelo Jeneci etc, que é possível enxergar um futuro musical brilhante para a nossa nação. Tão brilhante quanto os bigodes de Mateus Carrilho e David Sabagg.

Latest tracks by Banda UÓ

Um post enorme.

Em épocas de ENEM é bem normal pensar de novo sobre o que se quer ser quando crescer. Esse ano eu deslizei entre mais duzentas e cinquenta alternativas. Cheguei a uma conclusão, mas ainda é meio confuso. Todavia, esse não é o caso em questão.
É que outro dia, a caminho do dentista, eu estava olhando out doors com propagandas de escolas particulares caríssimas da nossa querida Fortaleza. A propaganda trazia o sorriso ainda composto por dentes de leite de uma criança dizendo qualquer coisa sobre futuro garantido.
Eu estudei o ensino fundamental em uma escola pública que era perto da minha casa no agradável município de Maracanaú. Meus pais tinha toda uma ideologia sobre escolas públicas e não tinham grana o suficiente para uma boa escola particular da capital... Resumindo, anos de glória no Carlos Jereissati. O que eu quero enfatizar com isso, é que as crianças do CJ também tinham seu sonhos. Eu sempre tive em mim a certeza de que as coisas dariam certo, de que eu chegaria a faculdade e tudo mais. Os meus pais tinham certa estrutura para me oferecer isso, mas não era o caso de todos. Aliás, o caso de quase nenhum. Certa vez, em uma gincana em 2005 eu acho, a missão era achar algum aluno que estivesse na faculdade. Eu particulamente conhecia duas, ambas em faculdades privadas. A minha vizinha que também estudou lá, entrou na uece no ano seguinte. A escola era relativamente nova, e só ia até o Nono Ano (na época, Oitava série), e achar alguém na faculdade era digno de missão de gincana. E se não me falha  a memória, das nove equipes (com cerca de 50 alunos cada), alguma ficou sem completar essa prova.
Quando eu estava no último ano, houve palestras sobre profissões e coisas assim. Dentistas, engenheiros, pedagogos, e profissionais de diversas áreas foram falar sobre suas profissões. Eu queria ser jornalista e tinha plena consciência que chegaria lá. Mas nem todo mundo falava em faculdade, terminar o segundo grau já era muito. Duas meninas queria ser médicas, mas nem elas mesmas acreditavam nisso. É muito diferente. 
Numa sala de aula de um colégio particular, a menina fala que quer ser médica e ela sabe que vai ser. Afinal tem que seguir a carreira da família. 
Quando eu passei pro ifce (até então cefet) a minha escola colocou uma faixa em minha homenagem, para provar que alguém dali poderia dar certo. Nada paga a alegria nos olhos do meu diretor quando eu voltei lá para contar o resultado da prova. E lá no ifce eu encontrei pessoas que também diziam que queria fazer alguma coisa da vida  e eu sabia que iriam conseguir. Nem todas queria fazer medicina, mas letras, geografia, engenharia de petróleo, engenharia da computação, biblioteconomia, estudar no ita, no ime, não sei mais onde. Mas continua diferente. 
Existe um ifce no Maracanaú que democratizou o ensino técnico e o superior. E muitas pessoas estão dando certo (algumas pessoas da minha escola já tem empregos muito bem pagos e eu nem abri conta no banco ainda), são perspectivas que não existiam tempos atrás. E eu fico muito feliz por elas, mas algumas ainda estão em empregos mal remunerados que nem exigem algum tipo de qualificação. Tirando a porcentagem, ainda que diminuta, dos que penderam para a criminalidade. Sim. Uma vez eu presenciei um assalto e conhecia de vista o assaltante.


O meu ponto, é que me dói o estomago viver nesse mundo de tanta desigualdade. Mesmo que hoje haja uma possibilidade de movimentação entre classes sociais, crianças com mesma capacidade já nascem em posições distantes nessa corrida. Não que todos tenham que ter dinheiro para ir de jatinho até Nova Iorque, mas é uma imensa crueldade ver sonhos que nem tem o direito de florescer sendo esmagados assim.


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Esse foi um post emergencial, porque o pobre blog recém criado não merecer ficar as moscas do abandono.
O João vai tomar vergonha e fazer um post muito bacana para vocês.
Eu queria falar desse assunto com mais tato, e escrevê-lo melhor. Mas é um post de emergência e eu estou ocupada (já devia estar na cama) de mais parar rescrever coisas :)
Vou colocar imagenzinhas para ficar bonito, beijos.







PS: Eu tinha escrito isso durante a madrugada, mas pela pura ironia do destino a internet caiu bem na hora que eu cliquei em enviar. Mas vai agora.

Just pick one

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Eu nunca achei que fosse tão difícil escrever um post. Então indiferente do que surgir, esse vai ser postado.
Eu já escrevi e rescrevi coisas aqui umas 20 vezes. Sem exagero. Tem sido tão difícil fazer escolhas (just pick one). Mas aqui estamos.
E vamos apresentar fatos aleatórios, porque eu não posso perder outro dia sem escolher e não fazendo nada.

#1  Eu descobri Kings of Convinience esses dias e estou completamente encantada:


#2 Mas a música da semana não é deles:


She makes love just like a woman, yes, she does
And she aches just like a woman
But she breaks just like a little girl.

Eu não costumo postar vídeos, porque demanda muita paciência para assisti-los e tal.
(O segundo é só áudio.)
Escutem-os.

Porque se eu tive algo a dizer essa semana, é isso.

Até a próxima

(RE)VIVER DE ACHAR BOM

terça-feira, 20 de setembro de 2011


Resumo: Propaganda Alienada de Série de TV
COM UM MONTE DE SPOILS


Sabe quando você quer achar algo Morbidamente Feliz só para se animar - porque pelo menos sua vida não é assustadora a esse ponto - um pouco com a aparente neutralidade do cotidiano cinzento e encurtado pelas horas a mais de sono acrescentadas propositadamente, a fim de que o dia termine logo?

Pois é, nem eu; mas o seguro morreu de velho e era melhor procurar algo do tipo antes que a sensação iminente do que foi dito viesse à tona com uma versão exponencialmente mais perigosa. O que é um bom conselho, aliás.

Foi aí que achei
Um pouco atrasado: A série acabou em 2009 : (

Okay, no começo, pensei que a proposta fosse uma comédia crítica e meio carregada de humor negro, tenho de admitir. E talvez fosse mesmo, já que isso grita na nossa cara logo na primeira cena, quando um garotinho surge contente correndo através de um campo infinito de margaridas com seu cachorro, na cidade natal Coeur d'Coeurs. Para logo em seguida o cão ser atropelado na avenida mais próxima, provocando aquele risinho malvado no telespectador. "Credo" mesmo.

É quando o aparente atrativo da história acontece: O menino simplesmente toca no cadáver do cachorro, que logo em seguida retorna à vida como se nada tivesse acontecido. Não me pergunte como o jovenzinho já não havia notado essa nada sutil capacidade, mas o fato de não ter sido explicado posteriormente reforçou o caráter crítico da série. Quem gosta de muitas explicações, não é mesmo?

"Morte", por O Cão

O que ocorre logo em seguida faz com que o Jovem Ned (Field Cate) descubra quais as implicações de seu poder mágico: Reviver algo por mais de um minuto custa a vida de outro ser, aleatória e aparentemente tão relevante quanto; portanto, deve-se tocar no(a) ressuscitado(a) antes que o tempo limite seja ultrapassado. Infelizmente, isso custou secretamente - mas não a ele - a vida do pai de sua paquerinha, a pequena Charlotte Charles (Sammi Hanratty). Órfã, ela é obrigada a se mudar da vizinhança e ir morar com as tias.

E, ah!: outro toque de Ned no indivíduo ressuscitado e poof!, ele remorre sem volta.
"Morte", por O Pai

Coisas acontecem, e com o passar dos anos o garotinho se torna dono da própria loja de tortas caseiras, o Pie Hole, um dos empreendimentos mais bonitinhos da vida inteira. Descoberto por um detetive sedento por dinheiros e seduzido pelo tempo livre que lhe poderia ser proporcionado através da habilidade de Ned (agora Lee Pace), logo ele se reencontra com a pequena Charlotte (ou Chuck (agora Anna Friel)), não mais tão pequena, mas devidamente bonita. Principalmente para um cadáver. Isso mesmo, morta mortíssima, obrigado.

Como Deus é pai, ou como Bryan Fuller, criador da série, sabe dosar as coisas, impedindo a catástrofe amorosa que seria o relacionamento óbvio entre o cozinheiro e a ressuscitada, obviamente eles não poderiam se tocar. Regras são regras - principalmente essas, ufah. Seria cômico se não fosse lindo, fato nato.

Originando belíssimas e educativas

cenas como essa

Entupida com esse charme único e desnecessariamente excedente de todas as expectativas para uma boa série de TV, Pushing Daisies, além de contar com mistérios forenses calcificando a estrutura no decorrer dos episódios, brilha com minuciosos, preciosos, deliciosos, fogosos e antiociosos personagens importantíssimos para o enredo; tais como a injustiçada e linda Olive Snook (Kristin Chenoweth), vítima de uma paixão platônica arrebatadora pelo cozinheiro há tanto tempo quanto é preciso para nos fazer odiá-lo profundamente, se formos sensatos. No mínimo. Discorda? Bem, sorte a sua, pessoa amada.

"Generous Palmstroke" por Olive Snook

Assim como as nada aparentes, mas sim corajosas, Vivian and Lily (Swoozie Kurts e Ellen Greene, respectivamente) Charles, tias de Chuck e componentes da famosa, engenhosa e talentosa Darling Mermaid Darlings, verdadeiras sereias da piscina; embora não exerçam o ofício há milênios, também pela depressão da perda da sobrinha. E claro, o astucioso, quase asqueroso de tão pretensioso mas não tão indesejável Emerson Cod (Chi McBride), sempre anunciando novos casos prontos para serem desvendados com a ajuda do casal impossibilitado, bem como se fosse num passe de mágica. Ou algo semelhante, mas não tão fácil assim.

"Nunca Somos Assim" por Lily & Vivian Charles

e Emerson Cod u.u

Cancelada na segunda temporada, ao que se diz por motivos de baixa audiência, talvez por excesso de raciocínios inteligentes granulados com metáforas divertidas e qualitativas demais para a época - e talvez para esta -, Fuller se aventurou em empreitadas tão dignas de aplausos quanto essa, como Dead Like Me (que algum dia ainda passará pelas minhas linhas AHAHA) e Heroes. Tudo bem, talvez o plural não seja tão digno assim quanto eu pensava, mas Dead Like Me é sim outro espetáculo televisivo tão bonito e inteligente quanto.
Porém, houveram boatos de que Pushing Daisies não estava na pior, sendo relevada a possível ideia de um filme para o seriado, tão comentada em 2009. Ainda há repercussões sobre a publicação de quadrinhos por meio da DC Comics; absolutamente verídicos. Segue abaixo o link para download de um dos volumes, aliás o único que consegui encontrar; então, se alguém souber de mais algum outro, por favor não deixe de entrar em contato. : )

Eu sei, eu sei, está um pouquinho mais assustador

Ah!, algo curiosíssimo: O criador se inspirou bastante em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, na hora de desenvolver a série, desde a constituição das narrativa executadas por Jim Dale até os aspectos coloridos e divertidos nada casuais, quase depressivos de tão sufocantes e lindinhos. Um brinco. E um tanto vintage, não?

É só tudo isso, não deixem de conferir! Ou deixem, sei lá ☻

"I don't know about my dreams
I don't know about my dreamin anymore.
All that i know is
I'm fallin fallin fallin fallin
Might as well fall in"

sexta-feira, 16 de setembro de 2011


2011 ainda não se concretizou musicalmente mas com certeza já tem o seu charme. Muita coisa boa surgiu esse ano assim como também muita coisa se reinventou. Ainda estamos longe daquele 2009 mágico, queremos mais, porém olhando para a coleção de discos lançados este ano, um brilho suave refresca nossa audição (se me permitem figurar).

Bem no início do ano, um certo rapaz britânico escancarou tudo de melhor que um artista pode nos trazer. Todos os sentimentos condensados em um misto de recortes e vocais e mais recortes e mais um show de vocal. Se existe algo perfeito neste mundo, este algo certamente ouve James Blake.

O que esse menino introduziu de expectativas neste ano e a contribuição que ele fez para a história da música eletrônica e o dubstep, talvez seja algo que nem ele conheça as exatas dimensões. Tudo bem que eu sou muito suspeito a falar algo, visto a pagação de pau que faço pros artistas que sites como a pitchfork destaca ou mesmo para projetos que tenham como centro o dubstep. Mas passar 2011 e não ouvir James Blake é até falta de respeito, portanto dedique 38 minutos de sua vida e a torne mais preciosa contemplando o explendor divino que esse cara nos fez o favor de mostrar.

O album em questão leva o nome do músico, mas para quem quiser se aprofundar nas outras obras podem procurar os Eps e faixas soltas, que não irão se arrepender. Das faixas dispostas neste album destaco as grandiosas Wilhelms Scream e To Care(Like You) que mostram muito bem as capacidades do artista quanto a técnica, singularidade na voz, uso dos recortes, as experimentações e todos os principais elementos da obra.



I Never Learn To Share também é ótima para perceber a sucessão de sons que contornam a voz de James e ainda apresenta uma letra concisa e coerente com o som proposto ("My brother and my sister don't speak to me,
But i don't blame them"). Limit to Your Love é aquela música central do disco, aquele single pelo qual se começa a dar toda a atenção. Neste caso é impossível se prender somente a esta faixa, mas temos como certo o quanto ela representa dos conceitos deste trabalho tão minimalista e sombrio.

É possível se sentir num quarto escuro absorvendo a atmosfera que se forma quando as cores do ambiente são provenientes apenas de nossos sentimentos mais obscuros. E a cada uso do auto-tune, cada detalhe que é incrementado na medida que a música cresce, cada sample nos damos conta de que James Blake merece toda a atenção e todos os créditos. Foi lançado em fevereiro e desde as primeiras audições já dava pra perceber que seria um dos melhores albuns do ano.

Recentemente, em parceria com Bon Iver (um outro músico que muito fez em 2011) lançou a faixa Fall Creek Boys Choir e é mais uma prova de tudo que foi afirmado acima, porém agora são dois gigantes trabalhando juntos para o conforto dos nossos ouvidos. Bon Iver será assunto para um próximo post, mas quem quiser ir se adiantando procure seu disco mais recente e descubra por si só o porquê de ser um dos favoritos a album do ano. E até lá vá destilando o som de James Blake e compartilhe conosco o que você sentiu. Comentários são bem vindos.



Faço este post não como uma resenha musical e sim como uma prova de amor. Uma homenagem àqueles que criam, àqueles que acrescentam algo novo seja em que arte for. E é justamente essa singela vontade de contribuir que move este blog adiante.

A triste estória da menina que só quis - Mauany

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eu vi essas figuras hoje e achei incríveis.





Pode parecer bobo para você aí do outro lado, mas para mim fala muito de tudo o que eu não fiz.
Eu sempre quis ter um hobby, fazer algo com as próprias mãos. Pensar, planejar, executar  e me deleitar.
Como eu também quis tocar escaleta e escrever um livro. Como eu quis fazer um filme de stop-motion e ir de patins pra escola. Ou mesmo falar com aquele menino no ônibus.
E tantas vezes eu quis mudar.
Quis acordar mais cedo para correr.
E ler mil livros por ano.
Assistir menos tv.
Ligar praquela menina que eu não vejo desde o nono ano.
Ou escrever cartas de desculpa pro meu professor de Filosofia.
Eu escrevo as cartas na verdade, muitas, só não as envio.
Eu quis tão fracamente cada coisa, que na coisa concreta de alguém eu vejo tudo o que não fui.

Fez parecer mais legal ☺ pelo Marcos

terça-feira, 6 de setembro de 2011


Resumo: Achei quatro imagens bonitas.

Ontem, enquanto eu procurava coisas bonitas na internet, me deparei com um cartaz curiosíssimo sobre o Twitter. Era em inglês, com um ar todo vintage que, da maneira mais boba possível, encheu meus olhos com dois asteriscos - mas antes que transformasse minha boca num O, uma réplica "de peso" a criaturas decadentes (talvez pela lei da gravidade), recuperei a compostura.


E como é de praxe a todas as pessoas que ficam até o finalzinho do filme nos cinemas esperando cenas mágicas escondidas, dedicadas aos mais pacientes, fui atrás de pesquisar mais sobre o cartaz (até porque a imagem que eu tinha achado era pequena demais x_x). E tcharaaam!, haviam mais três tão assustadoramente bonitos quanto, um referente ao Facebook, outro ao Youtube e outro ao Skype.


Inesperadamente, esses estavam em português, juntamente com o outro do Twitter! E não daquela maneira falsificada que a gente vê por aí. Ou pelo menos, se fosse falsificação, merecia lá seu respeito, afinal teria sido um senhor trabalho, teriam de reconhecer.
Mas não era, e por falta dessas etiquetas cor-de-rosa nas imagens que eu havia achado, tive que pesquisar mais um pouco - vai que tinha mais? : D - até descobrir que elas eram peças - de grande repercussão, a níveis internacionais, requeridas por pilares como The New York Times - do grupo Meio&Mensagem (até então desconhecido por mim, obviamente), divulgando um de seus principais eventos, o MaxiMídia, um dos mais importantes do Brasil em matéria de marketing e comunicação.


Criadas pela agência Moma, a justificativa para o estilo das telas é o tema deste ano para o evento, que há nas etiquetas: "NO MUNDO DE HOJE TUDO ENVELHECE MUITO RÁPIDO.". Isso é o que se pode chamar de ótima propaganda, não? De qualquer forma, quem se interessar pelo assunto e puder ir a São Paulo conferir, não perde por esperar pelo mês que vem.


Quer saber mais sobre o assunto mas a preguiça não te permi-te navegar pelos links anteriores? Confere esse aqui, então: D Espero que tenham gostado pelo menos das imagens, tantoquanto eu. Tá, não espero não, mas de qualquer forma é umanotável curiosidade, mesmo que não seja do seu interesse des-interessante.
Quero dizer, "Até a próxima : )"!

Eu peço música e faço música e digo música e canto música mas estou calado

sábado, 3 de setembro de 2011


Essa minha falta de busca, de atitude, ai ai essas coisas. Nem dá pra ficar assim, nem dá pra se chicotear por isso também. Aí que não. Mas sabe, é assim mesmo.

Assiste um videozinho aqui, ouve uma musiquinha lá. Conversa besteira assim, não se preocupe com o enem, tá. Enfim, não cria nada, nunca nunca.(e eu poderia encher uma página inteira com essa palavra - nunca).

Mas o quê que há? A culpada é mesmo a droga da internet? Nem. "Nunca no Brasil", como diria um velho amigo.

Essa semana eu até que fiz muita coisa(com direito a escultura, rever filme, M83, festa, pessoas novas e até How I Met). E claro, comida comida comida.

Conversa fora.(Poderia era cuidar de plantas ao invés de procurar estrela cadente e continuar na velha cadeira de balanço, digitando sempre com um só dedo- minha nossa!)

Deixe-me explicar, se escrevo assim é porque fui pressionado, e como ando nessa de revolução, resolvi protestar. Até que ficou fofinho.

Só pra terminar vamos lá para o meu momento: Na tv está passando Ponte para Terabítia, que não me chamou muita atenção, mas neste exatíssimo momento estou vendo um pai abraçando seu filho, e tem choro na cena. Gosto disso mas nem ouso tirar do mudo, vai que estraga. Estou ouvindo Fleet Foxes(paixão!!!) e pus a gatinha daqui pra dentro de casa(nem podia fazer isso - mais uma prova da minha revolução).

Essa semana também foi o aniversário do Marcos. Dá só uma olhada no que rolou(ou deveria ter rolado):

(Festa do chá vintage francês do Marcos na Estônia)

(Comes e bebes vintage estoniano e feliz)


Para os maujomários: desculpem mas eu não funciono sob pressão. Prometo escrever bem certinho da próxima vez.

Quanto mais vazia a carroça... por Mauany

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um conto de lição de moral que li há tempos falava de como um homem era capaz de saber que a carroça estava vazia pelo barulho dela. Vivemos na sociedade da fala despropositada, muitas opiniões formuladas em um milionésimo de segundo, que se acham dignas de voar boca a fora. Admirável mundo dos papagaios civilizados. Quem realmente tem algo a dizer?

Hoje eu não tenho, e segundo minha nova filosofia é melhor ficar calada e procurar algo de bom pra pensar.
Mas como eu devo criar conteúdo quero mostrar algo que me faz calar e pensar agradavelmente de vez em quando.








São tirinhas de um cartunista argentino chamado Liniers. Essas são da série Macanudo, mas vai além.

Outra coisa que eu eu também gosto no quesito cartoon e acho que tem algo a dizer são as do 
Alex Noriega










Isso é tudo, folks.

Ela é um truque de mágica!* - pelo Marcos

domingo, 28 de agosto de 2011

O Quê? Mauany?
É 'Nome Bonito'
Na língua dos índio
De Algum Canto Aí

Talvez também seja
Um nome pra menino
Por que ela mesma
Tem bem muito disso

Não de ser boboca
Nojenta ou fedida
Ou de fazer arte
Sem nem ser artista

Mas de ser mais mágica
Do que se não fosse
Esse misto dos dois
O que seria uma lástima

Enfim, só Vendo pra ver
Não o que ela parece
E sim o que realmente
Mais do que pode ser, é

Parece lúdico demais, se você for realmente quem eu acho que é, o que obviamente faz de você algo que não é, porque você não existiria se fosse. A questão (que não é bem uma questão) é que nada do que foi dito anteriormente é impossível demais para não ser verdade. Não quando se trata da Mauany.
Aqui vão duas alternativas, uma para se você for você, e outra para se você realmente existir. À primeira hipótese, você verá uma menina de jeans com um sorriso invertido chacoalhando no ônibus, absorta na infelicidade da rotina fortalezense, com uma mochila no colo esperando essa etapa do dia acabar.

Ou talvez, se não assim, você a veja feliz na sua parcial comunhão com os a-migos, tão reunida e divertida com o que eles estiverem fazendo quanto ela é capaz, nas divertidas reuniões. O que pode não ser lá muita coisa. Eu me preocuparia, se não fosse assim, se eu fosse ela - e se eu fosse eu, o que eu sou.
Agora, para a segunda hipótese, um privilégio dado a tão poucos que poderíamos contar nos dedos de uma só mão pequena e defeituosa, uma ou duas mil peculiaridades mágicas são sutilmente observadas. Claro, além do cheiro de margaridas, gotas de orvalho e aquela sensação de infância no ar.
Não só porque o João está quase sempre presente. Mas é um conforto mais do que familiar, quando a gente pode conversar até meia-noite ou mais. Ou por menos tempo, mesmo que ela sempre comece defendendo quase tudo e todos, até lentamente deslizar para o lado corrosivo divertido Mesmo da coisa.
É como se a gente fosse se conhecer para sempre. Assunto é pretexto.

*Numa hora ela está lá, na outra não está mais. Saiba aproveitar.

Ele me mostrou pessoas que podem fazer sapos fumarem até eles explodirem (vez do João)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

      A pessoa que eu tirei é uma pessoa calma, tranquila, bastante comum e as vezes até meio vazia por dentro. Eu nem sei ao certo o porquê de eu ser tão próximo dela...
      ... e meu amigo secreto vai para o Marquinhos!!!
      Seguinte(haha), o marcos é o ser mais mágico que você vai conhecer na sua vida inteira, quer dizer, isso se você for alguém. Digo até mais, você possível leitor nem existe, todo mundo é só mais um figurante da vida do marquinhos.
      Atenção para a lista de coisas legais que ele faz: estuda violoncelo, deixou de completar um curso qualquer de coisa suja, legenda vídeos de forma singular, colhe tudo de belo que restou nesta cidade, faz crítica de arte(aos montes), ouve tudo de legal na medida da paciência, mora numa caixa de sapatos e existe legal.
      E para você mulher bonita de 20 e poucos anos(mais nova que muitos otakus improdutivos), queira por gentileza se dirigir ao seu piano, assanhar seus cabelos e gritar "Fooooooooor The Moooooooooon", que com certeza você entrará para a seleta playlist dele. Beijos mil.

SACI SACI SACI – primeiro post da Mauany

domingo, 21 de agosto de 2011


Uma vez, na terceira série, aconteceu a despedida da vice-diretora da escola. Dez minutos antes de começar, me chamaram e disseram: Mauany, vai lá e diz algumas palavras pra ela. E é mais ou menos assim que eu me sinto agora (apesar de ter tido bem mais tempo para pensar). Chamaram-me para subir em um palco e falar, mas agora pelo menos é sobre o João.

É o seguinte (é como ele começa a explicar quase todas as coisas que eu perguntar), eu não sei como fazer isso. Então vou só jogar umas coisas aqui e seja o que tiver que ser.
                João é um nome muito legal. Nasceu em Junho e agora conta 19 verões. Conseguiu passar em todas as cadeiras durante oito semestres no ifce, mesmo não sendo um aluno tão presente. Exceto quando se recusou a ser um boneco de posto, única mácula no seu histórico que não pretende usar mais. 

Tentou tocar teclado e violão, e agora se aventura em DJs virtuais. Era séries, agora só álbuns 8.6 na pitchforks. 

Então é isso. Até qualquer outra hora.

Debute - pelo Marcos

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Eu podia esperar a próxima vez em que a gente fosse para o pé da calçada Destruir tudo e todos (?) num raio inimaginável de Km, em mais uma sesta intelectual pós-pastel ou essas coisas massas - rê : D - que a gente janta quando se junta. Ou mesmo por quando os dois estivessem de bobeira na depressão que é o tédio de msn, e salvando o dia, assim. Mas não. É legal demais para esperar.
E foi no eterno combate ao Ócio Mau, seguindo a citação da mãe da Melora Creager - que não escapará às minhas letras >D - de "Vá fazer algo criativo!", humildemente me pús a construir o blog, pavoneando-o de designs e propostas doces e atrativas para induzir os dois coelhos velhos a baixo da caixa e zap!, tão brega quanto o nome desta página, aplicar-lhes a Cajadada Só. E deu certo.
Um mundo de possibilidades se estenderá diante de você, pessoa que não existe, apresentando-lhe uma liberdade absurda de temáticas das mais diversas, de acordo com a vontade dos três que concordaram. Espere por conteúdos divertidos, com todo o tipo de assuntos que lhe deixaria transbordando de ânsia pelas próximas postagens, e você se decepcionará. Mas pode se surpreender.

P.S.: Que bobo : D
 
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