Just pick one

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Eu nunca achei que fosse tão difícil escrever um post. Então indiferente do que surgir, esse vai ser postado.
Eu já escrevi e rescrevi coisas aqui umas 20 vezes. Sem exagero. Tem sido tão difícil fazer escolhas (just pick one). Mas aqui estamos.
E vamos apresentar fatos aleatórios, porque eu não posso perder outro dia sem escolher e não fazendo nada.

#1  Eu descobri Kings of Convinience esses dias e estou completamente encantada:


#2 Mas a música da semana não é deles:


She makes love just like a woman, yes, she does
And she aches just like a woman
But she breaks just like a little girl.

Eu não costumo postar vídeos, porque demanda muita paciência para assisti-los e tal.
(O segundo é só áudio.)
Escutem-os.

Porque se eu tive algo a dizer essa semana, é isso.

Até a próxima

(RE)VIVER DE ACHAR BOM

terça-feira, 20 de setembro de 2011


Resumo: Propaganda Alienada de Série de TV
COM UM MONTE DE SPOILS


Sabe quando você quer achar algo Morbidamente Feliz só para se animar - porque pelo menos sua vida não é assustadora a esse ponto - um pouco com a aparente neutralidade do cotidiano cinzento e encurtado pelas horas a mais de sono acrescentadas propositadamente, a fim de que o dia termine logo?

Pois é, nem eu; mas o seguro morreu de velho e era melhor procurar algo do tipo antes que a sensação iminente do que foi dito viesse à tona com uma versão exponencialmente mais perigosa. O que é um bom conselho, aliás.

Foi aí que achei
Um pouco atrasado: A série acabou em 2009 : (

Okay, no começo, pensei que a proposta fosse uma comédia crítica e meio carregada de humor negro, tenho de admitir. E talvez fosse mesmo, já que isso grita na nossa cara logo na primeira cena, quando um garotinho surge contente correndo através de um campo infinito de margaridas com seu cachorro, na cidade natal Coeur d'Coeurs. Para logo em seguida o cão ser atropelado na avenida mais próxima, provocando aquele risinho malvado no telespectador. "Credo" mesmo.

É quando o aparente atrativo da história acontece: O menino simplesmente toca no cadáver do cachorro, que logo em seguida retorna à vida como se nada tivesse acontecido. Não me pergunte como o jovenzinho já não havia notado essa nada sutil capacidade, mas o fato de não ter sido explicado posteriormente reforçou o caráter crítico da série. Quem gosta de muitas explicações, não é mesmo?

"Morte", por O Cão

O que ocorre logo em seguida faz com que o Jovem Ned (Field Cate) descubra quais as implicações de seu poder mágico: Reviver algo por mais de um minuto custa a vida de outro ser, aleatória e aparentemente tão relevante quanto; portanto, deve-se tocar no(a) ressuscitado(a) antes que o tempo limite seja ultrapassado. Infelizmente, isso custou secretamente - mas não a ele - a vida do pai de sua paquerinha, a pequena Charlotte Charles (Sammi Hanratty). Órfã, ela é obrigada a se mudar da vizinhança e ir morar com as tias.

E, ah!: outro toque de Ned no indivíduo ressuscitado e poof!, ele remorre sem volta.
"Morte", por O Pai

Coisas acontecem, e com o passar dos anos o garotinho se torna dono da própria loja de tortas caseiras, o Pie Hole, um dos empreendimentos mais bonitinhos da vida inteira. Descoberto por um detetive sedento por dinheiros e seduzido pelo tempo livre que lhe poderia ser proporcionado através da habilidade de Ned (agora Lee Pace), logo ele se reencontra com a pequena Charlotte (ou Chuck (agora Anna Friel)), não mais tão pequena, mas devidamente bonita. Principalmente para um cadáver. Isso mesmo, morta mortíssima, obrigado.

Como Deus é pai, ou como Bryan Fuller, criador da série, sabe dosar as coisas, impedindo a catástrofe amorosa que seria o relacionamento óbvio entre o cozinheiro e a ressuscitada, obviamente eles não poderiam se tocar. Regras são regras - principalmente essas, ufah. Seria cômico se não fosse lindo, fato nato.

Originando belíssimas e educativas

cenas como essa

Entupida com esse charme único e desnecessariamente excedente de todas as expectativas para uma boa série de TV, Pushing Daisies, além de contar com mistérios forenses calcificando a estrutura no decorrer dos episódios, brilha com minuciosos, preciosos, deliciosos, fogosos e antiociosos personagens importantíssimos para o enredo; tais como a injustiçada e linda Olive Snook (Kristin Chenoweth), vítima de uma paixão platônica arrebatadora pelo cozinheiro há tanto tempo quanto é preciso para nos fazer odiá-lo profundamente, se formos sensatos. No mínimo. Discorda? Bem, sorte a sua, pessoa amada.

"Generous Palmstroke" por Olive Snook

Assim como as nada aparentes, mas sim corajosas, Vivian and Lily (Swoozie Kurts e Ellen Greene, respectivamente) Charles, tias de Chuck e componentes da famosa, engenhosa e talentosa Darling Mermaid Darlings, verdadeiras sereias da piscina; embora não exerçam o ofício há milênios, também pela depressão da perda da sobrinha. E claro, o astucioso, quase asqueroso de tão pretensioso mas não tão indesejável Emerson Cod (Chi McBride), sempre anunciando novos casos prontos para serem desvendados com a ajuda do casal impossibilitado, bem como se fosse num passe de mágica. Ou algo semelhante, mas não tão fácil assim.

"Nunca Somos Assim" por Lily & Vivian Charles

e Emerson Cod u.u

Cancelada na segunda temporada, ao que se diz por motivos de baixa audiência, talvez por excesso de raciocínios inteligentes granulados com metáforas divertidas e qualitativas demais para a época - e talvez para esta -, Fuller se aventurou em empreitadas tão dignas de aplausos quanto essa, como Dead Like Me (que algum dia ainda passará pelas minhas linhas AHAHA) e Heroes. Tudo bem, talvez o plural não seja tão digno assim quanto eu pensava, mas Dead Like Me é sim outro espetáculo televisivo tão bonito e inteligente quanto.
Porém, houveram boatos de que Pushing Daisies não estava na pior, sendo relevada a possível ideia de um filme para o seriado, tão comentada em 2009. Ainda há repercussões sobre a publicação de quadrinhos por meio da DC Comics; absolutamente verídicos. Segue abaixo o link para download de um dos volumes, aliás o único que consegui encontrar; então, se alguém souber de mais algum outro, por favor não deixe de entrar em contato. : )

Eu sei, eu sei, está um pouquinho mais assustador

Ah!, algo curiosíssimo: O criador se inspirou bastante em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, na hora de desenvolver a série, desde a constituição das narrativa executadas por Jim Dale até os aspectos coloridos e divertidos nada casuais, quase depressivos de tão sufocantes e lindinhos. Um brinco. E um tanto vintage, não?

É só tudo isso, não deixem de conferir! Ou deixem, sei lá ☻

"I don't know about my dreams
I don't know about my dreamin anymore.
All that i know is
I'm fallin fallin fallin fallin
Might as well fall in"

sexta-feira, 16 de setembro de 2011


2011 ainda não se concretizou musicalmente mas com certeza já tem o seu charme. Muita coisa boa surgiu esse ano assim como também muita coisa se reinventou. Ainda estamos longe daquele 2009 mágico, queremos mais, porém olhando para a coleção de discos lançados este ano, um brilho suave refresca nossa audição (se me permitem figurar).

Bem no início do ano, um certo rapaz britânico escancarou tudo de melhor que um artista pode nos trazer. Todos os sentimentos condensados em um misto de recortes e vocais e mais recortes e mais um show de vocal. Se existe algo perfeito neste mundo, este algo certamente ouve James Blake.

O que esse menino introduziu de expectativas neste ano e a contribuição que ele fez para a história da música eletrônica e o dubstep, talvez seja algo que nem ele conheça as exatas dimensões. Tudo bem que eu sou muito suspeito a falar algo, visto a pagação de pau que faço pros artistas que sites como a pitchfork destaca ou mesmo para projetos que tenham como centro o dubstep. Mas passar 2011 e não ouvir James Blake é até falta de respeito, portanto dedique 38 minutos de sua vida e a torne mais preciosa contemplando o explendor divino que esse cara nos fez o favor de mostrar.

O album em questão leva o nome do músico, mas para quem quiser se aprofundar nas outras obras podem procurar os Eps e faixas soltas, que não irão se arrepender. Das faixas dispostas neste album destaco as grandiosas Wilhelms Scream e To Care(Like You) que mostram muito bem as capacidades do artista quanto a técnica, singularidade na voz, uso dos recortes, as experimentações e todos os principais elementos da obra.



I Never Learn To Share também é ótima para perceber a sucessão de sons que contornam a voz de James e ainda apresenta uma letra concisa e coerente com o som proposto ("My brother and my sister don't speak to me,
But i don't blame them"). Limit to Your Love é aquela música central do disco, aquele single pelo qual se começa a dar toda a atenção. Neste caso é impossível se prender somente a esta faixa, mas temos como certo o quanto ela representa dos conceitos deste trabalho tão minimalista e sombrio.

É possível se sentir num quarto escuro absorvendo a atmosfera que se forma quando as cores do ambiente são provenientes apenas de nossos sentimentos mais obscuros. E a cada uso do auto-tune, cada detalhe que é incrementado na medida que a música cresce, cada sample nos damos conta de que James Blake merece toda a atenção e todos os créditos. Foi lançado em fevereiro e desde as primeiras audições já dava pra perceber que seria um dos melhores albuns do ano.

Recentemente, em parceria com Bon Iver (um outro músico que muito fez em 2011) lançou a faixa Fall Creek Boys Choir e é mais uma prova de tudo que foi afirmado acima, porém agora são dois gigantes trabalhando juntos para o conforto dos nossos ouvidos. Bon Iver será assunto para um próximo post, mas quem quiser ir se adiantando procure seu disco mais recente e descubra por si só o porquê de ser um dos favoritos a album do ano. E até lá vá destilando o som de James Blake e compartilhe conosco o que você sentiu. Comentários são bem vindos.



Faço este post não como uma resenha musical e sim como uma prova de amor. Uma homenagem àqueles que criam, àqueles que acrescentam algo novo seja em que arte for. E é justamente essa singela vontade de contribuir que move este blog adiante.

A triste estória da menina que só quis - Mauany

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eu vi essas figuras hoje e achei incríveis.





Pode parecer bobo para você aí do outro lado, mas para mim fala muito de tudo o que eu não fiz.
Eu sempre quis ter um hobby, fazer algo com as próprias mãos. Pensar, planejar, executar  e me deleitar.
Como eu também quis tocar escaleta e escrever um livro. Como eu quis fazer um filme de stop-motion e ir de patins pra escola. Ou mesmo falar com aquele menino no ônibus.
E tantas vezes eu quis mudar.
Quis acordar mais cedo para correr.
E ler mil livros por ano.
Assistir menos tv.
Ligar praquela menina que eu não vejo desde o nono ano.
Ou escrever cartas de desculpa pro meu professor de Filosofia.
Eu escrevo as cartas na verdade, muitas, só não as envio.
Eu quis tão fracamente cada coisa, que na coisa concreta de alguém eu vejo tudo o que não fui.

Fez parecer mais legal ☺ pelo Marcos

terça-feira, 6 de setembro de 2011


Resumo: Achei quatro imagens bonitas.

Ontem, enquanto eu procurava coisas bonitas na internet, me deparei com um cartaz curiosíssimo sobre o Twitter. Era em inglês, com um ar todo vintage que, da maneira mais boba possível, encheu meus olhos com dois asteriscos - mas antes que transformasse minha boca num O, uma réplica "de peso" a criaturas decadentes (talvez pela lei da gravidade), recuperei a compostura.


E como é de praxe a todas as pessoas que ficam até o finalzinho do filme nos cinemas esperando cenas mágicas escondidas, dedicadas aos mais pacientes, fui atrás de pesquisar mais sobre o cartaz (até porque a imagem que eu tinha achado era pequena demais x_x). E tcharaaam!, haviam mais três tão assustadoramente bonitos quanto, um referente ao Facebook, outro ao Youtube e outro ao Skype.


Inesperadamente, esses estavam em português, juntamente com o outro do Twitter! E não daquela maneira falsificada que a gente vê por aí. Ou pelo menos, se fosse falsificação, merecia lá seu respeito, afinal teria sido um senhor trabalho, teriam de reconhecer.
Mas não era, e por falta dessas etiquetas cor-de-rosa nas imagens que eu havia achado, tive que pesquisar mais um pouco - vai que tinha mais? : D - até descobrir que elas eram peças - de grande repercussão, a níveis internacionais, requeridas por pilares como The New York Times - do grupo Meio&Mensagem (até então desconhecido por mim, obviamente), divulgando um de seus principais eventos, o MaxiMídia, um dos mais importantes do Brasil em matéria de marketing e comunicação.


Criadas pela agência Moma, a justificativa para o estilo das telas é o tema deste ano para o evento, que há nas etiquetas: "NO MUNDO DE HOJE TUDO ENVELHECE MUITO RÁPIDO.". Isso é o que se pode chamar de ótima propaganda, não? De qualquer forma, quem se interessar pelo assunto e puder ir a São Paulo conferir, não perde por esperar pelo mês que vem.


Quer saber mais sobre o assunto mas a preguiça não te permi-te navegar pelos links anteriores? Confere esse aqui, então: D Espero que tenham gostado pelo menos das imagens, tantoquanto eu. Tá, não espero não, mas de qualquer forma é umanotável curiosidade, mesmo que não seja do seu interesse des-interessante.
Quero dizer, "Até a próxima : )"!

Eu peço música e faço música e digo música e canto música mas estou calado

sábado, 3 de setembro de 2011


Essa minha falta de busca, de atitude, ai ai essas coisas. Nem dá pra ficar assim, nem dá pra se chicotear por isso também. Aí que não. Mas sabe, é assim mesmo.

Assiste um videozinho aqui, ouve uma musiquinha lá. Conversa besteira assim, não se preocupe com o enem, tá. Enfim, não cria nada, nunca nunca.(e eu poderia encher uma página inteira com essa palavra - nunca).

Mas o quê que há? A culpada é mesmo a droga da internet? Nem. "Nunca no Brasil", como diria um velho amigo.

Essa semana eu até que fiz muita coisa(com direito a escultura, rever filme, M83, festa, pessoas novas e até How I Met). E claro, comida comida comida.

Conversa fora.(Poderia era cuidar de plantas ao invés de procurar estrela cadente e continuar na velha cadeira de balanço, digitando sempre com um só dedo- minha nossa!)

Deixe-me explicar, se escrevo assim é porque fui pressionado, e como ando nessa de revolução, resolvi protestar. Até que ficou fofinho.

Só pra terminar vamos lá para o meu momento: Na tv está passando Ponte para Terabítia, que não me chamou muita atenção, mas neste exatíssimo momento estou vendo um pai abraçando seu filho, e tem choro na cena. Gosto disso mas nem ouso tirar do mudo, vai que estraga. Estou ouvindo Fleet Foxes(paixão!!!) e pus a gatinha daqui pra dentro de casa(nem podia fazer isso - mais uma prova da minha revolução).

Essa semana também foi o aniversário do Marcos. Dá só uma olhada no que rolou(ou deveria ter rolado):

(Festa do chá vintage francês do Marcos na Estônia)

(Comes e bebes vintage estoniano e feliz)


Para os maujomários: desculpem mas eu não funciono sob pressão. Prometo escrever bem certinho da próxima vez.

Quanto mais vazia a carroça... por Mauany

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um conto de lição de moral que li há tempos falava de como um homem era capaz de saber que a carroça estava vazia pelo barulho dela. Vivemos na sociedade da fala despropositada, muitas opiniões formuladas em um milionésimo de segundo, que se acham dignas de voar boca a fora. Admirável mundo dos papagaios civilizados. Quem realmente tem algo a dizer?

Hoje eu não tenho, e segundo minha nova filosofia é melhor ficar calada e procurar algo de bom pra pensar.
Mas como eu devo criar conteúdo quero mostrar algo que me faz calar e pensar agradavelmente de vez em quando.








São tirinhas de um cartunista argentino chamado Liniers. Essas são da série Macanudo, mas vai além.

Outra coisa que eu eu também gosto no quesito cartoon e acho que tem algo a dizer são as do 
Alex Noriega










Isso é tudo, folks.
 
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